quinta-feira, 14 de março de 2013

I SAGRADA FAMÍLIA 5.1. SIMÃO O LEPROSO, o sogro de jesus, por arturjotaef



Figura 1: icon ortodoxo de Sião Zaqueu.

Existiu uma personagem nos evangelhos de Lucas, Zaqueu, que tem todas as características para ter estado relacionado tanto com o “homem / jovem rico”, como Marcos e Lázaro e com Levi ou Mateus.

Claro que os puristas a respeito da literalidade das sagradas escrituras irão argumentar de forma protestativa que seria absurdo pensar que estes dois episódios de Lucas são uma mera redundância, afinal natural em alguém que não relatava nada que tivesse presenciado pessoalmente. Obviamente que não é necessário postular que Zaqueu e Levi seriam a mesma pessoa pois bastaria que se tratasse de pai e filho. Estranho é pensar que só Lucas se tenha lembrado de relatar esta história! Porém, tal estranheza é precisamente um dos reforços da tese que se elabora a respeito de conspiração à volta da “ressurreição de Lázaro”!


Figura 2: Simão Zaqueu sobe ao sicómoro pois era baixote.

Lucas 19:1 E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando 2 E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico 3 E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura 4 E, correndo adiante, subiu a um sicómoro para o ver, porque havia de passar por ali

5 E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. 6 E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo.

7 E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. 8 E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado 9 E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão 10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Este Zaqueu seria um personagem já idosa, muito mais velha do que Jesus, possivelmente o seu antigo mestre-escola.

XLVIII Jesus e o Professor: Havia, em Jerusalém, um homem, chamado Zaqueu, que instruía os jovens Ele disse a José:

— José, por que não me envias Jesus para que ele aprenda as letras?

José concordou e também Maria Levaram, pois, a criança para o professor e assim que ele o viu, escreveu o alfabeto e pediu-lhe que pronunciasse Aleph Quando ele o fez, pediu-lhe para dizer Beth O Senhor Jesus disse-lhe:

— Diz-me primeiro o que significa Aleph e aí então eu pronunciarei Beth. O professor preparava-se para chicoteá-lo, mas o Senhor Jesus pôs-se a explicar o significado das letras Aleph e Beth, quais as letras de linhas rectas, quais as oblíquas, as que tinhas desenho duplo, as que tinham pontos, aquelas que não tinham e porque tal letra vinha antes da outra, enfim, ele disse muitas coisas que o professor jamais ouvira e que não havia lido em livro algum O Senhor Jesus disse ao professor:

— Presta atenção ao que vou te dizer! E pôs-se a recitar clara e distintamente Aleph, Beth, Ghimel, Daleth, até o fim do alfabeto O mestre ficou admirado e disse:

— Creio que esta criança nasceu antes de Noé. Virando-se para José, acrescentou:

— Tu o conduziste para que eu o instruísse, mas esta criança sabe mais que todos os doutores. Depois, disse a Maria:

— Teu filho não precisa de ensinamentos.

 

Varios estudios significativos de la alfabetización han aparecido en los últimos años mostrando cómo las tasas de alfabetización eran bajas en la antigüedad. El estudio más frecuentemente citado es por el profesor de Columbia William Harris en un libro titulado Ancient Literacy. 6. Ver Schweitzer, Quest, 381-89.

Al examinar a fondo todas las pruebas que sobreviven, Harris llega a la sorprendente pero sorprendente conclusión de que en el mejor de los tiempos en el mundo antiguo, solo el 10 por ciento de la población podía leer y posiblemente copiar la escritura en una página. Mucho menos que esto, por supuesto, podría componer una oración, y mucho menos una historia, y mucho menos un libro completo. ¿Y quiénes eran las personas en este 10 por ciento? Eran la élite de la clase alta que tenía el tiempo, el dinero y el ocio para pagar una educación. Esta no es una descripción adecuada de los discípulos de Jesús. No eran aristócratas de la alta sociedad. (...)

En la Palestina romana, la situación era aún más sombría. El examen más completo de alfabetización en Palestina es por una profesora de estudios judíos en la Universidad de Londres, Catherine Hezser, quien muestra que en los días de Jesús probablemente solo el 3 por ciento de los judíos en Palestina sabía leer y escribir. 7

Una vez más, estas serían las personas que podrían leer y tal vez escribir sus nombres y copiar palabras. Muchos menos podían componer oraciones, párrafos, capítulos y libros. Y una vez más, estas habrían sido las elites urbanas.

No entanto,

Diz-se que a instituição conhecida como "be rav" ou "bet rabban" (casa do professor) ou "be safra" ou "bet sefer" (casa do livro) foi originada por Ezra '( 459 AEC) e sua Grande Assembléia, que forneceu uma escola pública em Jerusalém para garantir a educação de meninos órfãos com dezesseis anos de idade ou mais. No entanto, o sistema escolar não se desenvolveu até Joshua ben Gamla (64 EC), o sumo sacerdote, fazer com que escolas públicas fossem abertas em todas as cidades e povoados para todas as crianças acima de seis ou sete anos de idade (Talmude Babilônico, Bava Batra 21a). – Wikipédia.

À primeira vista Alfeu e Zaqueu apenas partilham a rima e então, a confusão nunca poderia ter sido do próprio Marcos, como é óbvio, mas de copistas e redactores posteriores à morte do evangelista.

O único evangelista a falar em Zaqueu é Lucas seguramente porque foi o único a não saber que Marcos e Mateus evitavam nomear nomes relativos à sua própria família por pudor ou por precaução contra a política de perseguição a que os primeiros cristão estavam sujeitos por parte das autoridades oficiais judaicas, precisamente por causa do episódio da “ressurreição de Lázaro”!

Ioan 12: 10 Cogitaverunt autem principes sacerdotum, ut et Lazarum interficerent.

De facto, a ressurreição de Lazaro foi um dos crimes, neste caso de inaceitável de bruxaria tão detestada por judeus quanto romanos, que pesou na condenação de Jesus, facto de cujo eco ainda algo se ouvia entre os crentes cristãos que inspiraram a beata novela bizantina do apócrifo Acta Pilati.

EL EVANGELIO DE NICODEMO, Hechos de Pilatos (Acta Pilati) - 2. Y otros dijeron a Pilatos: Ha resucitado a Lázaro, que llevaba cuatro días muerto, y lo ha sacado del sepulcro. 3. Al oír esto, el gobernador quedó aterrado, y dijo a los judíos: ¿De qué nos servirá verter sangre inocente?

Como se referiu já, Marcos e Mateus evitavam nomear nomes relativos à sua própria família que, como se suspeita já, eram da alta casta sacerdotal e que se dedicariam a negócios pouco límpidos de cobradores de impostos. Assim, a acusação de que Jesus partilhava a mesa dos publicanos, levantada durante a chamada de Mateus para o apostolado, decorre do facto de Jesus ter frequentado a rica casa do seu chefe que foi, em Lucas, Zaqueu. E isto reporta-nos para o equivalente, nos restantes evangelhos, do anfitrião da cena da unção de Betânia que ora era nem mais nem menos do que Simão, o Leproso nos sinópticos.

Mar. 14, 3 E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.

Mat 26, 6 E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa

João: 12 1 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. 2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.

O evangelho segundo S. João, onde estava Lázaro, não diz expressamente quem foram os que fizeram a ceia mas o plural denota ter sido obra da família de Lázaro, onde Marta servia como anfitriã, o que nos permite começar a descortinar quem era o chefe da rica família onde Jesus viria a fazer a sua última ceia e onde os discípulos terão tido estadia depois da morte e ressurreição de Jesus.

Simon, a resident at Bethany, distinguished as "the leper." It is not improbable that he had been miraculously cured by Jesus. In his house Mary anointed Jesus preparatory to his death and burial (Matthew 26:6) etc.; Mark 14:3 etc.; John 12:1 etc -- Smith's Bible Dictionary.

In most of the Muslim writings Jesus is referred to as Yuz Asaf The meaning and derivation of the name is uncertain "Yuz" is thought by some to mean either "Jesus" or "leader," and "Asaf" to refer to those he cured of leprosy. Thus one interpretation is that Yuz Asaf means "leader of those he cured of leprosy."

Za-ke'-us (Zakchaios, from zakkay, "pure"):

Se este sobrenome teve o significado de “puro” é porque deriva da mesma raiz de sacher, o nome das leis da pureza ritual judia e do sacer latino.

Za-ke'-us < zakkay < *Za-Ker > sacher > Sakar.

Sakar, o deus da pureza matutina do parto da Aurora

 

Ver: SACHER (***) & LAZARO (***)

 

Assim sendo, seria uma forma constritiva de Zacareu, nome afinal muito comum entre os judeus. Este sobrenome de “o Puro” seria uma espécie de antítese da alcunha “o Leproso”, ou seja, “aquele que foi tornado puro” por Jesus.

Alphos , ho, A. dull-white leprosy, esp. on the face, Hes.Fr.29, Thphr. Char.19.2, LXXLe.13.39, etc.: pl. in Hp.Aph.3.20, Pl.Ti.85a. (Cf. Lat. albus.). alphôdês, es, A. leprous.

E então começamos a entender aquilo que parece ser uma confusão e profusão de Alfeus nos evangelhos. É que, se alphos significava uma forma de lepra facial os tradutores gregos dos evangelhos deveriam ter lido Simão, o da “face leprosa” e terão traduzido de forma liberal e literal por Alfeu e dai para diante este passou a ser o nome de Simão, ora Leproso, ora Alfeu, ora, depois de curado, Zacareu ou Zaqueu.

De facto, se Zaqueu fosse um leproso autêntico dificilmente teria sido curado por Jesus pois a cura verdadeira é ainda hoje difícil mesmo a moderna antibioterapia. Esta não e uma doença que se cures apenas com fé nem jejuns ou orações! No entanto, ainda assim não se pode concluir que tenha sido grande o milagre de Jesus porque parece que Moisés acreditava em lepras que podiam ser curadas. A Doença designada na Bíblia pelo termo hebraico tsa-rá-‛ath é traduzida pela palavra grega lé-pra.Nas Escrituras, “lepra” não se restringe à doença conhecida hoje por esse nome, pois ela podia atingir não só os humanos, mas também roupas e casas. (Le 14:55). Quer isto dizer que a lepra bíblica se referia a todas as dermatoses crónicas da pele particularmente as que se manifestassem no rosto por formas descamativas esbranquiçadas o que poderia envolver tanto a verdadeira lepra como as empingens micóticas, a psoríase e algumas forma de eczema. A relação das manifestações da lepra facial com a lesões micóticas esbranquiçadas da tinha de pele deve ter sido a principal razão da confusão com a lepra dos tecidos e casas.

A lepra também podia atingir roupas de lã ou de linho, ou um artigo de pele. A praga talvez desaparecesse com a lavagem, e havia arranjos para se isolar tal artigo. Mas, nos casos em que persistisse esta praga verde-amarelada ou avermelhada, a lepra maligna se fazia presente, e o artigo devia ser queimado. (Le 13:47-59) Se, na parede duma casa, surgissem depressões verde-amareladas ou avermelhadas, o sacerdote impunha uma quarentena à casa. Talvez fosse preciso remover as pedras atingidas e mandar que se raspasse o interior da casa, as pedras e a argamassa raspada sendo então lançadas num lugar impuro, fora da cidade. Se a praga retornasse, a casa era declarada impura e era derrubada, e seus materiais eram lançados num local impuro. Mas, para a casa que fosse declarada pura (limpa) havia um arranjo de purificação. (Le 14:33-57) Tem-se sugerido que a lepra que atingia roupas ou casas era um tipo de bolor ou fungo; no entanto, existe incerteza quanto a isto.

Sendo assim, conseguir curar leprosos seria um grande feito em face do terror da condenação ao isolamento e ostracismo social que a lepra incurável implicava.

Hansenomas = eritematosa na face (sobrelevados, pouco definidos, que lembram um tumor) Ex.: face, orelha, punho, cotovelo, joelho. Face leonina(grave): Rosto inchado, perda de pelo e cabelo (madarose), faces de "máscaras" pela perda dos nervos (não externa sentimentos) do rosto.

Ora, sendo as formas iniciais de lepra pouco parecidas com empingens esbranquiçadas … o mito de que quando a lepra se tinha espalhado pelo corpo inteiro seria porque, tendo ficado esbranquiçado e sem carne viva à mostra, isso a fase crítica da doença já passara e que apenas restavam as suas marcas. Uma das funções dos levitas era então declarar que a vítima estava limpa e que o mal já não representava perigo. — Le 13:12-17. Assim, no contexto do levirato judaico curar leprosos não era nada de extraordinário ficando assim excluído a necessidade de os milagres de Jesus no campo da lepra necessitarem de sair do próprio âmbito das previsões da lei mosaica.

 

 

SIMÃO MATIAS

Seria seguramente o mesmo que Simão de Cirene, um levita que mesmo entre os judeus pode ter aparecido como Matias, um sumo sacerdote de que fala Josefo numa estranha situação de impureza, que alguns, na cadeia das deturpações orais, terão confundido com lepra, e que mais não teria sido que uma polução nocturna de cuja culpabilidade Jesus o terá corado.

Durante o tempo em que Matias exercia o sumo sacerdócio, sonhava certa noite, na qual se devia celebrar um jejum, que estivera na companhia de sua esposa e que assim não estava em condições de atender ao serviço divino; José, filho de Eli, que era seu parente foi encarregado de oficiar naquele dia, em seu lugar. Herodes, assim, depois de tê-lo privado do cargo de sumo sacerdote, mandou queimar vivo este outro Matias, autor da sedição, e todos os que tinham sido aprisionados com ele e naquela mesma noite sobreveio um eclipse da lua. – Flábio Josefo

Este José, filho de Heli ou Elimas segundo outros autores assemelha-se demasiado a Elimas Barjesus dos Actos o que, ressalvadas as possíveis trapalhices de Lucas poderia indiciar a presença de José de Arimateia. Este acontecimento, de cerca do ano 4 antes de Cristo, teria acontecido quando Jesus teria cerca de 14 anos o que não deixa de ser também estranho por corresponder ao aparecimento de Jesus no templo entre os doutores que então seriam o seu mestre Simão Matias e seu pai adoptivo José, filho de Ellemos, ou de Helli. Quer dizer que Elimas teria sido o nome de avô de Jesus, o que seria mais do que natural pois estas relações de escolha de nomes para os recém nascidos obedecem a regras de relações de sentimentais de todos os tempos e lugares. No mesmo relato Flábio Josefo refere algo muito estranho sobre uma acção levada a cabo perto da morte de Herodes por um tal Matias e Judas.

738. Judas, filho de Sarifeu e Matias, filha de Margalote, eram assaz queridos do povo, porque, além de serem os mais eloqüentes dos judeus e os mais sábios na interpretação das leis, eles educavam a juventude e tudo faziam para encaminhá-la à virtude. Quando esses dois homens souberam que a doença do rei era incurável, exortaram a estes moços que os reverenciavam como a.seus mestres, que destruíssem as obras que ele tinha feito, como desprezo dos costumes de seus antepassados; disseram-lhes que nada lhes poderia ser mais glorioso, do que se declararem defensores da religião e que tantas desgraças, que afligiam a família de Herodes eram sem dúvida causadas por ter ele ousado burlar as leis, que deviam ser invioláveis e calcar aos pés as antigas determinações, para estabelecer novas obras. Esses doutores, assim falando, nada diziam que não tivessem deveras no coração. Entre essas obras profanas de Herodes ele tinha feito colocar e consagrar sobre o portal do Templo, uma águia de ouro, de tamanho extraordinário e de muito valor, embora as nossas leis proíbam expressamente fazer figuras de animais. Assim, esses dois homens, zelosos da observância da disciplina de nossos antepassados, excitaram seus discípulos a arrancar aquela águia; disseram-lhe que embora a empresa fosse perigosa, nela não deviam empregar menos entusiasmo, pois uma morte honrosa deve ser preferível à vida, embora suave e tranquila, quando se trata de manter as leis do país e de conseguir uma reputação imortal. Os covardes morrem, bem como os generosos, e assim a morte, sendo inevitável para todos os homens, os que terminam sua vida com grandes feitos, tem a consolação de deixar à posteridade uma glória imperecível. Estas palavras animaram de tal modo os moços que a notícia se espalhou logo; ao mesmo tempo dizia-se que o rei tinha morrido e eles então, em pleno dia, subiram ao lugar onde estava a águia, arrancaram-na, atiraram-na por terra e a fizeram em pedaços a golpes de machado, diante de grande multidão de povo, que estava reunido no Templo. O que comandava as tropas do rei, apenas soube do que se passava, temendo aquilo fosse o princípio de uma conspiração, correu para lá, com um grande número de soldados e encontrando apenas uma multidão confusa que se tinha reunido, dissipou-a sem dificuldade. Mais ou menos uns quarenta daqueles moços foram os únicos que ousaram resistir. Ele os prendeu e os enviou ao rei, com judas e Matias, que julgaram ser-lhes-ia vergonhoso fugir. Herodes perguntou-lhes quem os havia feito tão ousados, arrancando do lugar um objecto que ele havia feito consagrar. Responderam-lhe: "Há muito havíamos tomado essa resolução e não teríamos podido, sem faltar à coragem, não tê-la executado. Vingamos o ultraje feito a Deus e mantivemos a honra da lei de que somos discípulos. Achais estranho que tendo-a recebido das mãos de Moisés a quem Deus mesmo a deus, nós a tenhamos preferido às vossas ordens? Julgais que tememos, nos façais sofrer a mesma morte, que em vez de ser um castigo de um crime, será a recompensa da nossa virtude e de nossa piedade?" Eles pronunciaram estas palavras com tanta firmeza, que não se podia duvidar de que sua coragem correspondia às suas palavras e de que eles não teriam menor valor em sofrer, do que havia tido coragem em agir. Herodes mandou-os acorrentados a Jerico, fez reunir os mais ilustres dos judeus e foi levado para lá em liteira por causa de sua debilidade. Falou-lhes das dificuldades suportadas pelo bem público, disse que ele tinha para a glória de Deus, reconstruído o Templo, com despesas, o que todos os reis asmoneus juntamente, não tinham podido fazer durante cento e vinte e cinco anos, em que haviam reinado e tinha adornado com ricos presentes, que ali havia consagrado; que ele tinha esperado que lhe agradecessem, mesmo depois de sua morte e que prestassem honrar à sua memória. Mas, por um horrível atentado, em ver da gratidão que ele devia esperar, não se havia receado, estando ainda vivo, fazer-lhe tão grande ultraje, como em pleno dia, à vista de todo o povo, arrancar uma coisa que ele tinha consagrado a Deus, o qual com aquele ato tinha sido ainda mais ofendido do que ele. -- HISTÓRIADos HEBREUS De Abraão à queda de Jerusalém. Traduzido por Vicente Pedroso.

A causa da confusão entre Mateus e Matias pode afinal ser bem simples.

Judas e Matias teriam sido não discípulos de Jesus mas seus condiscípulo quando ambos eram alunos de Simão Matias. Na verdade, não é apenas nos escritos cristãos que encontramos confusões de identificação e proliferações de identidades homónimas. Por exemplo, Lázaro ora é filho de Sameias ora de Simão:

A cette occasion se fit remarquer un Juif digne d'attention et de souvenir. nommé Eléazar, fils de Saméas, natif de Gaba en Galilée.

Quant à Eléazar, fils de Simon, quoiqu'il se fût approprié le butin des Romains, l'argent pris à Cestius et une grande partie du trésor public, ils ne voulurent cependant pas alors lui remettre les affaires, parce qu'ils devinaient son naturel tyrannique et que les zélateurs soumis à ses ordres se conduisaient comme des satellites.

Só um cego que não quer ver não descobre que este cenáculo se parece demasiado com o palácio da Mãe de Marcos que, por isso mesmo seria esposa de Simão Zaqueu.

Actos, 1: 13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelota, e Judas, filho de Tiago. 14 Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. 15 E, naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas), disse: 16 Varões irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de David, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; 17 porque foi contado connosco e alcançou sorte neste ministério. (...) 23 E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. 24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, 25 para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. 26 E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E, por voto comum, foi contado com os onze apóstolos.

Independentemente de parecer que se está perante uma das primeiras provas de que a justiça divina nem sempre escreve direito por linhas tortas importa referir que esta cena se terá passado na casa de Simão Zaqueu, como o contexto posterior o dirá e muitas opinião da tradição aceitam como sendo a casa da mãe de Marcos e outros de Lázaro e todos deveriam suspeitar ser a casa deste rico príncipe de publicanos. Mas, quiçá, a injustiça não tenha sido assim tanta porque o eleito teria sido o próprio dono da casa.

Cet apôtre est souvent désigné par d'autres noms: la version syriaque d’Eusèbe l’appelle «Tolmai» (c'est-à-dire Barthélemy, sans confusion cependant avec l'apôtre Barthélemy); Matthias est souvent identifié avec Nathanaël de l’Évangile selon Jean; Clément d’Alexandrie indique que certains l'identifient à Zacchaeus; les Apocryphes clémentins l'identifient à Barnabé. Hilgenfeld pense qu'il est Nathanaël.

Assim Zaqueu a quem eles chamam Matias, o chefe dos cobradores de impostos, quando ele tinha ouvido que o Senhor o tinha o estimado muito por ter frequentado bastante a sua casa, disse, " Veja, a metade de minhas posses actuais eu dou como esmola, e Senhor, se eu tiver extorquido qualquer forma dinheiro a alguém, eu devolvo o quádruplo". A este o salvador disse, "Verdadeiramente, quando o filho de homem veio hoje, encontrou o que andava perdido". Clemente de Alexandria, em Stromata 4.6.35.2:

Possivelmente a única identificação espúria é entre Bar-tolomeu / Nataniel. Bastaria assim admitir o óbvio. Que Bar-Tolomeu não era nome próprio mas um gentílico e que Nataniel seria irmão de Simão Jairo Bartolomeu. Barnabé seria primo destes pela parte da mãe, já que José Bar-Nabé não tem obviamente o mesmo gentílico dos primos.

A confusão em que sempre terá andado o nome de Matias deve-se precisamente ao facto de em hebraico este nome ser o mesmo que Mateus.

8 En este medio había un hombre llamado Manahemo, hijo de aquel Judas Galileo, sofista muy astuto, que antes, siendo Cirenio gobernador, había injuriado y echado en el rostro a los judíos que, después de Dios, eran sujetos a los romanos. Tomando consigo algunos de los nobles, caminó a Masada, a dónde estaban todas las armas del rey Herodes, y quebrando las puertas, armó con gran diligencia la gente del pueblo y algunos ladrones con ellos, y volvióse con todos, como con gente de su guarda, a Jerusalén. Haciéndose principal de la revuelta, aparejaba a cercarla y tomarla.  Y como tenía falta cavar los muros por los dardos que de arriba los enemigos le echaban, comenzó a cavar de muy lejos un minero hasta llegar debajo de una torre, y pusieron leños muy fuertes que la sostuviesen, y después, poniéndoles fuego, salieron. Quemados los leños, luego la torre cayó; mas luego se vió otro muro edificado por dentro; porque los del rey, sabiendo antes y sintiendo bien lo que los enemigos hacían, y también, por ventura, por el temblar de la tierra, edificaron con diligencia :otro muro. Con esto, los que los combatían y pensaban haber de ser presto vencedores, con ver el muro nuevo quedaron muy espantados y aflojados. Pero los del rey enviaban a suplicar a Manahemo y a los otros príncipes de aquella revuelta que los dejasen salir de allí. Habiendo acordado y consentido Manahemo esto solamente a los del rey y a los de su religión, partieron luego. A los romanos, porque quedaron solos, faltó el ánimo, porque no tenían igual fuerza para tanta muchedumbre de gente, y rogarles que los dejasen salir, teníanlo por cosa de afrenta, y aun no lo tenían por seguro, aunque les fuese concedido. Dejando, pues, el lugar de abajo que se llama Estratopedon, como que era fácil de tomar, recogiéronse a las torres del palacio, de las cuales la una se llamaba Hípicos, la otra Faselo, y la tercera Mariarnma. La gente que estaba con Manahemo dió luego en aquellos lugares, de los cuales los soldados habían huido; pasando a cuchillo a cuantos hallaban y robando todo el otro aparejo que hallaron, quemaron todo el Estratopedon. Todo esto fué hecho a los seis del mes de septiembre.

9. El día siguiente fué preso el pontífice Ananías, que estaba escondido en los albañales de la casa del rey con su hermano, y ambos fueron muertos por los ladrones; y cercando las torres con diligencia los sediciosos, trabajaban para que ningún soldado pudiese salir de sus manos. Ensoberbecióse Manahemo con ver destruidas aquellas plazas fuertes y con la muerte del pontífice, de tal manera y con tanta crueldad, que pensando no tener ya en el mundo hombre que se le igualase, era insufrible tirano. Levantáronse entonces dos compañeros de Eleazar y hablaron entre sí de que a los que se habían rebelado contra los romanos por guardar su libertad, no convenía darla a un hombre privado y sufrirlo por señor, el cual, aunque no les hacía fuerza, era más bajo que ellos, y si era menester que uno fuese el superior de todos, que a cualquier otro convenía más que a Manahemo. Habiendo acordado esto, arremeten contra él en el templo, a donde habla venido con muy gran fausto por hacer su oración, vestido como rey, acompañado de todos sus parciales muy armados. Y corno los que estaban con Eleazar se volvían contra él, arrebató todo el otro pueblo piedras y apedrearon al sofista, pensando que, después de muerto, se apaciguaría toda aquella revuelta. Trabajaban en resistirles algún tanto los de su guarda, pero cuando vieron venir contra sí tan gran muchedumbre de gente, cada uno huyó por donde pudo. Así, mataban a cuantos podían hallar, y buscaban también a cuantos se escondían; algunos huyeron a Masada, con los cuales fué Eleazar, hijo de Jayro, muy cercano de Manahemo en linaje, el cual también después fué tirano en Masada. Habiendo Manahemo huido hacia un lugar que se llama Ophias, escondióse allí secretamente; prendiéronlo y sacáronlo a lugar público, y con muchos géneros de tormento lo mataron. Mataron también toda la gente principal de m parte y que vivía con él, y al principal favorecedor de su tiranía, llamado por nombre Absalomón.

10. Ayudó en esto, como arriba dije, el pueblo, creyendo que había de ser aquello para corrección de aquellas revueltas. Pero éstos no mataron a Manahemo por refrenar con su muerte la guerra, antes por tener mayor licencia y facultad para ella. Y cuanto más el pueblo les rogase que dejasen de hacer fuerza a los soldados, tanto más se hacían en ello más pertinaces, hasta que no pudiendo ya resistirles más, Metelio, capitán de los romanos, y los demás, enviaron a suplicar a Eleazar que les dejase solamente sus vidas y que les tomase las armas y todo lo que tenían, pues de voluntad lo querían entregar. Aceptando el concierto, volviéronles a enviar luego, a la hora, a Gorión, hijo de Nicodemus, y a Ananías Saduceo, y a Judas, hijo de Jonatás, para que les diesen las manos y jurasen que lo harían. Hechas estas cosas, salió Metelio con sus soldados, y mientras los romanos tuvieron las armas, ninguno hubo de los malos y revolvedores que moviese contra ellos algún engaño; pero después que dejaron sus espadas y escudos, y todas las armas, según hablan prometido, y se iban sin más pensar en algo, los de la guarda de Eleazar arremetieron contra ellos y mataban a cuantos prendían sin que les resistiesen ni suplicasen por sus vidas, dando gritos solamente que a dónde estaban los juramentos y palabras que les habían hecho y prometido. Fueron, pues, éstos muertos cruelmente, excepto Metelio, al cual solo perdonaron y dejaron en vida por muchos ruegos que hizo, prometiendo que se circuncidarla y viviría como judío. Poco fué el daño que los romanos recibieron, porque de los ejércitos grandes que había, pocos fueron los muertos; Pero parecía ser esto principio de la cautividad de los judíos. Viendo ser ya grandes las causas de la guerra, y que la ciudad estaba ya llena de grandes maldades, que no podía 150 tardar la venganza divina, aunque no temieran la de los romanos, lloraban todos públicamente, y la ciudad estaba muy triste y acongojada. Los que querían la paz y reposo de todos estaban perturbados y muy amedrentados, pensando que habían de pagar justos por pecadores; porque habían sido hechas y cometidas aquellas muertes en día de sábado, en el cual día, por su religión, suelen cesar todos, no sólo de lo que no les es licito, pero de las obras también buenas y santas. -- [FLAVIUS JOSÈPHE Guerre des juifs. Livre II] (66 CE)

A única questão que se levanta é a de Simão dito Zaqueu ter dois nome hebraicos, Simão e Matias o que só pode ter uma explicação: a de estarmos perante um dos primeiros fenómenos da história de alguém que por razões de clandestinidade política se teve que defender como certos espiões modernos com múltiplas identidades. Afinal este individuo que terá um dos maiores papeis tanto no início da história do cristianismo como na primeira guerra judaica terá sido um elemento essénio infiltrado no seio da alta aristocracia judaica de próprio Simão Jairo Bar Ptolomeu e com pseudónimos cristãos, Matias / Mateus, Levi, Alfeu e Zaqueu, Simão de Cirene, conforme estes iam sendo descobertos ou a conveniência de quem o identificava no grupo da comunidade primitiva dos cristãos de Jerusalém, ou seja o anfitrião dos apóstolos e possivelmente parente próximo de Barnabé pelo lado da mãe.

[225] Il emmenât avec, lui sa mère et le frère de Nicolas (de Damas), Ptolémée, familier très honoré d’Hérode et qui lui était dévoué. ANTIQUITES JUDAÏQUES, LIVRE XVII.

Quem lhe teria posto o nome de Zaqueu, “o purificado”, teria sido Jesus, por o ter curado da doença de pele que lhe dava também a alcunha de Simão o Leproso de que Alfeu seria mero erro de tradução grega. Não sendo possível contrariar este facto e sendo quase seguro que Simão Zaqueu era o pai do jovem rico e um príncipe, segundo algumas fontes canónicas é forçoso concluir que, o seria por ser filho do mesmo Ptolomeu que era familiar de Herodes. Como príncipe teria possessões diversas e nada obsta a que tivesse casa e quintas em Cirene razão que teria levado Marcos apelida-lo de Simão de Cirene para que não fosse facilmente identificado embora ao referir que era pai de Rufo e Alexandre estaria a por em causa tal segredo familiar, o que aponta para uma revelação posterior feita na edição final depois possivelmente de o pai já ter morrido.

 

Ver: MADALENA / UNÇÃO DE BETÂNIA (***)

 

A tese até aqui defendida pressupõe uma identidade de personagens entre Mateus e Matias.

Ora, a verdade é que mesmo etimologicamente isto é possível.

Matthew the apostle and evangelist is mentioned in the 4 catalogues of the apostles in Matthew 10:3; Mark 3:18; Luke 6:15; Acts 1:13, though his place is not constant in this list, varying between the 7th and the 8th places and thus exchanging positions with Thomas The name occurring in the two forms Matthaios, and Maththaios, is a Greek reproduction of the Aramaic Mattathyah, i.e "gift of Yahweh," and equivalent to Theodore Before his call to the apostolic office, according to Matthew 9:9, his name was Levi The identity of Matthew and Levi is practically beyond all doubt, as is evident from the predicate in Matthew 10:3; and from a comparison of Mark 2:14; Luke 5:27 with Matthew 9:9 The name Matthew is derived from the Hebrew Mattija, being shortened to Mattai in post-Biblical Hebrew In Greek it is sometimes spelled Maththaios, B D, and sometimes Matthaios, CEKL, but grammarians do not agree as to which of the two spellings is the original -- The Catholic Encyclopedia, Volume X

Mattath- Yahweh > Mattath-yah > Mathth-aios > Matthaios.

The Greek Matthias (or, in some manuscripts, Maththias), is a name derived from Mattathias, Heb Mattithiah, signifying "gift of Yahweh."

Matthias was one of the seventy disciples of Jesus, and had been with Him from His baptism by John to the Ascension (Acts i, 21, 22) It is related (Acts, i, 15-26) that in the days following the Ascension, Peter proposed to the assembled brethren, who numbered one hundred and twenty, that they choose one to fill the place of the traitor Judas in the Apostolate Two disciples, Joseph, called Barsabas, and Matthias were selected, and lots were drawn, with the result in favour of Matthias, who thus became associated with the eleven Apostles. Zeller has declared this narrative unhistoric, on the plea that the Apostles were in Galilee after the death of Jesus. As a matter of fact they did return to Galilee, but the Acts of the Apostles clearly state that about the feast of Pentecost they went back to Jerusalem.

(…) Moreover, it should be remembered that, in the apocryphal writings, Matthew and Matthias have sometimes been confounded.

Numa ocasião quando Jesus nos levou ao Monte das Oliveiras ele falou connosco numa língua desconhecida que ele nos revelou, enquanto ia dizendo: Anetharath (ou Atharath Thaurath). Os céus foram abertos e todos nós subimos para o sétimo céu (Segundo London MS: na cópia de Paris só Jesus subiu, e os apóstolos contemplaram através dele). Ele pediu o Pai para nos abençoar.

O Pai, com o Filho e o Espírito Santo, puseram as mãos na cabeça de Pedro (e fez dele o arcebispo do mundo: Paris B). Tudo o que ele atar ou desatar na terra será assim no céu; Nada que não seja ordenado por ele será aceite. Cada um dos apóstolos foi separadamente santificado (há omissões de únicos nomes em um ou outro dos três textos). André, Tiago, João, Filipe (a cruz o precederá onde quer que ele vá), Thomas, Bartolomeu (ele será o depositário dos mistérios do Filho), Mateus (a sombra dele curará o doente) o Tiago filho de Alfeu, Simão Zelota, Judas de Tiago, Tadeu, Matias, que era rico e deixou tudo para seguir a Jesus). -- GOSPEL OF BARTHOLOMEW.

Mateus

Matias

St Irenæus tells us that Matthew preached the Gospel among the Hebrews, St Clement of Alexandria claiming that he did this for fifteen years, and Eusebius maintains that, before going into other countries, he gave them his Gospel in the mother tongue Ancient writers are not as one as to the countries evangelized by Matthew, but almost all mention Ethiopia to the south of the Caspian Sea (not Ethiopia in Africa), and some Persia and the kingdom of the Parthians, Macedonia, and Syria (…) The Roman Martyrology simply says: "S Matthæi, qui in Æthiopia prædicans martyrium passus est" Various writings that are now considered apocryphal, have been attributed to St Matthew.

According to Nicephorus (Hist eccl., 2, 40), he first preached the Gospel in Judea, (Bollandus (Acta SS., May, III) doubts if the relics that are in Rome are not rather those of the St Matthias who was Bishop of Jerusalem about the year 120, and whose history would seem to have been confounded with that of the Apostle.) then in Ethiopia (that is to say, Colchis) and was crucified The Synopsis of Dorotheus contains this tradition: Matthias in interiore AEthiopia, ubi Hyssus maris portus et Phasis fluvius est, hominibus barbaris et carnivoris praedicavit Evangelium Mortuus est autem in Sebastopoli, ibique prope templum Solis sepultus (Matthias preached the Gospel to barbarians and cannibals in the interior of Ethiopia, at the harbour of the sea of Hyssus, at the mouth of the river Phasis He died at Sebastopolis, and was buried there, near the Temple of the Sun).

Por outro lado tanto a história quanto a lenda parecem atribuir a ambos as personagens percursos idênticos. Ambos começaram o apostolado na Palestina entre os Hebreus ou judeus e acabaram ambos na Etiópia depois de terem ambos andado pelas bandas do mar Cáspio. As diferenças de pormenor entre as duas figuras são tão pequenas que não chegam para por em causa a possibilidade de se tratar duma mera duplicação de personagens típica dos tempos de incerteza informativa do início da cristandade.

Sendo assim, a informação colhida por Clemente de Alexandria a respeito da tradição de Matias, pode e deve ser atribuída a Mateus.

Por alguma razão ainda hoje Matias é considerado um mistério, obviamente porque nunca terá existido de modo independente em relação a Mateus, resultando em parte do facto deste discípulo ter, como seu filho Marcos, vivido na clandestinidade, por ter sido um dos principais mentores económicos da vida política de Jesus e, por meio de sua esposa, Maria a mãe de Marcos, da igreja cristã primitiva. Na verdade, se as autoridades judaicas da época da morte de Jesus tinham alguém a considerar como culpado pelo fenómeno incontrolável do messianismo cristão estes seriam Jesus e os seus poderosos amigos mais próximos, Nicodemos, José de Arimateia e Simão Zaqueu.

So Zaccheus whom they call Matthias, the chief tax collector, when he had heard that the Lord had esteemed him highly enough to be with him, said, "Behold, half of my present possessions I give as alms, and Lord, if I ever extorted money from anyone in any way, I return it fourfold." At this the savior said, "When the son of man came today, he found that which was lost."-- Clement of Alexandria, Stromata 4.6.35.2

This disciple remains a mystery He was not one of the original twelve but he was chosen later to replace Judas Iscariot His election is not documented and the absence of comment in the Scriptures on his eventual Ministry does not help to clear the matter (…) Clement of Alexandria identified Matthias with Zaccheus but this too is difficult to believe as Zaccheus did not meet the conditions required to be an Apostles.-- G C H Nullens.

Não se entende bem quais deveriam ser as condições que faltavam a Zaqueu para ser um apóstolo na medida em que era em tudo semelhante a Mateus, um rico e letrado chefe de publicanos se é que Mateus e Matias não seriam a mesma pessoa. E depois, se Clemente o disse como facto documentado com texto que aparece quase literalmente no evangelho de Lucas que autoridade maior poderá alguém posterior afirmar o contrário sem argumento documental de maior valor na base de meros critérios requeridos para o apostolado que nem Jesus nunca os referiu. Em que critérios entraria Judas Iscariotes então? Pelo contrário…

Now when all the peop]le and tax-collectors heard they acknowledged God's justice, confessing their own sins. The Pharisees, however, were not baptized by John. Instead, they rejected the will of God and the commandment of God. Likewise, God rejected them. -- Papyrus Merton 51.

When the scribes and Pharisees and priests saw him, they were angry that he was reclining in the midst of sinners. But when Jesus heard, he said, "Those who are healthy have no need of a physician. -- Papyrus Oxyrhnchus 1224.

É óbvio que a identificação de Matias com Mateus levanta a questão de, estando Mateus presente no capítulo primeiros dos actos, não ter sido eleito novamente como discípulo. No entanto, a história do cristianismo primitivo está cheio de meias verdades e de revisionismos históricos. Quase de certeza que Mateus / Matias foi chamado a ser “um-dos-dose” mas, como era um dos homens ricos dos evangelhos, seguramente o mais velho pois o outro seria João Marcos e mas só o terá sido convictamente numa fase tardia como terá sido o caso dos irmãos de Jesus.

 

Ver: O JOVEM RICO (***)

 

MATEUS

Mark calls him "the son of Alpheus" (Mark 2:14), although this cannot have been the Alpheus who was the father of James the Less; for if this James and Matthew had been brothers this fact would doubtless have been mentioned, as is the case with Peter and Andrew, and also with the sons of Zebedee. -- International Standard Bible Encyclopedia.

Em princípio assim deveria ter sido mas há que contar que no campo de análise em que nos colocamos as excepções passam a vida a confirmar as regras. O facto de Mateus ter tido por nome próprio Levi não constitui qualquer tipo de problema.

Assim, ou havia mais do que um Alfeu ou, tal facto lança a primeira grande dúvida sobre a tese agora desenvolvida.

Seria também Mateus irmão de Jesus e Marcos sobrinho de Jesus? A verdade é que na lista dos discípulos de Jesus falta José, um dos seus irmãos! Seria o primeiro nome de Mateus, José? Quase seguramente que, se assim tivesse sido, nada de tão grave e importante teria passado despercebido aos primeiros testemunhos da história cristã!

Sendo Barnabé, tio de Marcos, um levita, é-nos permitido suspeitar que outros elementos das ricas famílias que cercavam Jesus também o seriam e, então, sendo o levirato hereditário e familiar, se Marcos fosse filho de Mateus fica explicado o nome de Levi dado a Mateus, por ser levita e o pai deste teria deixado de o ser por ser leproso, como adiante se verá.

Mark was probably a Levite, because we know that his kinsman Barnabas was one (Acts 4:36), and perhaps a minor minister in the synagogue He accompanied Paul and Barnabas to Antioch is AD 44 (Acts 12:25), then to Salamis in Cyprus, and with Barnabas was on Paul's first missionary journey (Acts 13:5), but left Paul at Perga in Pamphylia and returned alone to Jerusalem (Acts 13:13) For some reason he evidently offended Paul, who did not take him on his second missionary journey to Cilicia and Asia Minor, which was the occasion of the disagreement and separation of Paul and Barnabas (Acts 15:36-40) -- St Patrick's Church.

 

Ver: MARCOS (***)

 

Mateus passa assim a ser um candidato a pai ou irmão mais velho de Marcos / Lázaro, por sinal também levita e possivelmente um sacerdote menor.

Marcos: 2: 14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega e disse-lhe: Segue-me E, levantando-se, o seguiu 15 E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido 16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? 17 E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.

Mateus: 9: 9 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me E ele, levantando-se, o seguiu 10 E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos 11 E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 12 Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes 13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento

27 E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado no telónio, e disse-lhe: Segue-me 28 E ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu 29 E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa 30 E os escribas deles e os fariseus murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores? 31 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos 32 Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento.

De resto, sendo chefe de publicanos, homem rico e idoso, seria uma espécie de discípulo oculto como Nicodemos, que só terá assumido o estatuto de Apóstolo precisamente no dia da nomeação de Matias. Ora, o facto de as clementinas identificarem Matias com Barnabé sugere afinal que o Espírito Santo fez mais justiça dos que os revisionistas da história cristã poderiam aceitar e este trabalhador incansável do apostolado cristão dos primeiros dias porque foi o eleito precisamente porque Simão Zaqueu de cognome Mateus, já o era e portanto estamos perante um erro crasso de informação de Lucas, que, por ser gentio, pouco terá entendido da história mais ou menos secreta e obscura desta rica família mentora do cristianismo primitivo.

De resto, é suspeito que esta substituição de Judas tenha ocorrido porque Judas Iscariotes seria ainda vivo, teria passado para a clandestinidade e Simão Zaqueu saberia muito bem a razão disso! A única coisa estranha é que, sendo assim, Simão Zaqueu terá sido o apóstolo com um maior número de nomes, alcunhas e pseudónimos o que facilmente se entende dada a eminência social desta entidade que já seria rica por nome próprio mas que os cristãos primitivos enriqueceram ainda mais por fosse por adulação fosse para o encobrirem das represálias do poder judaico diluindo-o nas águas da confusão de identidades. Resumindo, as confusões do cristianismo primitivo tiveram causas naturais óbvias mas foram causas imprevisíveis de mistérios e lendas que acabaram por fazer as delícias dos beatos bizantinos e foram a fonte de todos os equívocos que levaram a deificação de Jesus. A virgem Maria nunca alcançou tal estatuto por uma razão afinal muito simples. Porque este papel já estava preenchido pela terceira pessoa da Santíssima Trindade, verdadeira mãe espiritual e divina de Jesus Cristo. Os cristãos gentios que consagraram o seu triunfo na terra na basílica de Santa Sofia, nunca se aperceberam disto porque nunca chegaram a saber que o Espírito Santo judeu era feminino!

Orígenes (+ 253-254) -- 5. Y si alguien acepta el Evangelio de los Hebreos, donde el Salvador en persona dice: Poco ha me tomó mi madre, el Espíritu Santo, por uno de mis cabellos y me llevó al monte sublime del Tabor, se quedará perplejo al considerar cómo puede ser madre de Cristo el Espíritu Santo, engendrado por el Verbo. Pero tampoco esto le es a éste difícil de explicar. (In Io. 2,6).

 

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