quinta-feira, 28 de março de 2013

VI A PAIXÃO DE CRISTO - 8. DEPOSIÇÃO DA CRUZ E ENTERRO DE JESUS, por arturjotaef


Figura 1: "Depositação da Cruz" - Rogier van der Weyden Pintor gótico flamengo (1400-1474).

Recolhido da cruz, Jesus foi depositado e não sepultado, no sepulcro novo de José que, segundo algumas lendas, seria o irmão mais novo de Jesus e noutras o primeiro pretendente de Maria que a teria repudiado mas que teria regressado da Caldeia precisamente para ajudar o seu filho adoptivo no estranho estratagema de ludibriar a cruz e…os romanos.

José de Arimateia, assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia, foi, segundo os Evangelhos canónicos, um homem rico, senador e membro do Sinédrio, o colégio dos mais altos magistrados do povo judeu e que formava a suprema magistratura judaica. A Bíblia relata que ele era discípulo de Cristo, mesmo que secretamente (João 19:38).

José de Arimateia era um rico comerciante, dono de uma frota de navios que faziam exportação, principalmente de minérios, para toda região da Palestina até a Britânia. Era simpático às ideias de Jesus e frequentemente visitava secretamente a casa de Simão, à noite, quando Jesus se hospedava lá, conversando com ele por horas.

Na madrugada em que Jesus foi preso, um emissário o convoca para uma sessão especial no sinédrio, para o julgamento de um nazareno agitador e blasfemo. Ao perceber que é Jesus o prisioneiro, faz menção de defendê-lo, mas desiste, ao perceber que a fúria de seus companheiros poderia prejudicá-lo. De manhã, quando Jesus está para ser levado ao governador, José se adianta até o palácio de Pilatos, que era seu amigo pessoal, para explicar que Jesus era inocente e pedir sua libertação. Entanto, desiste na porta do palácio, com medo de ser descoberto por seus companheiros.

José volta para casa deprimido, se fecha em seu quarto e adormece. Em sonho, um anjo lhe diz que o destino do Cristo já estava definido, mas ele ainda poderia ajudar. Ao acordar, volta ao palácio e encontra Pilatos, descobrindo que Jesus já está crucificado. Ele pede então que o governador lhe dê plenos direitos sobre o corpo do nazareno. Na época das crucificações, o cadáver dos crucificados não era sepultado, o réprobo era jogado a céu aberto, em local específico, para apodrecer e ser devorado pelas "feras", ou seja, cães, pássaros, lobos e animais selvagens. Pilatos, mesmo sem entender o pedido do amigo, redige e autentica um documento, dando a ele plenos poderes sobre o cadáver de Jesus, sob a proteção de um destacamento da guarda romana até o sepultamento e posteriormente vigiando o túmulo para que não fosse violado.

Após o desaparecimento do corpo de Jesus, José é preso, abandonado por amigos e familiares, e tem seus bens divididos entre sua família e o Sinédrio. Depois de 13 anos encarcerado, o novo governador da Judeia, Tibério Alexandre, sabendo de seu histórico e sua fama de grande comerciante, revisa seu processo e o liberta, se torna seu sócio e patrocina seu retorno aos negócios de exportação.


Figura 2: A descida da cruz por Peter Paul Rubens.

To substantiate these facts, it is pointed out that the place of the crucifixion had to be near the tomb. While the other gospels state that he was crucified at Golgotha, "the place of the skull", John 19:41 says that he was crucified in a garden, where a new sepulchre had been hewn by Joseph. This garden was actually "Golgeth", the "wheel press", where olives were pressed into oil, which was the Garden of Gethsemane. Some have even theorized, that Joseph was actually the former husband of Mary, who had left Nazareth, and established himself at Jerusalem. Inside the tomb, an Essene physician was waiting to revive Jesus, thereby creating the illusion of a resurrection. -- PRIEURE' DE SION.


Figura 3: Três figuras estão em torno ao Corpo de Cristo: à direita Maria Madalena que na iconografia tradicional ocupa o lugar de Maria; no centro em alto Nicodemos, o fariseu convertido que de acordo com as Sagradas Escrituras, ajudou a remover o corpo de Cristo da cruz junto com José de Arimatéia; à esquerda, Maria mãe de Jesus. Em Nicodemos, Michelangelo se autorretrata.

Deuteronômio 21:22, Normas diversas: Quando alguém tiver cometido um crime digno de morte, se depois de executada a sentença ele for pendurado numa árvore, o seu corpo não deverá ficar assim suspenso durante a noite. Terão de o enterrar no mesmo dia ainda; porque alguém que é pendurado numa árvore é maldito de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor vosso Deus vos deu.

O primeiro grito de Jesus só poderia ter sido, de facto, o que ficou relatado. “Pai, nas tuas mão entrego o meu destino”. Fora do contexto dos mal-entendidos místicos em que os evangelhos se transformaram este pai a quem Jesus entregava o seu destino imediato no sentido literal da sobrevivência pode ter tido o seu verdadeiro pai ou um pai adoptivo restando apenas investigar se este era José de Arimateia como alguns autores pensam ou Nicodemos.

A tentativa de associar esta personagem a um lugar concreto da palestina, com este nome, pode ser de pouca utilidade histórica!

Slightly to the north, the road comes into the rich plain of Ghenossar -- the Gardens of the Lord -- or Genesareth, which stretch for 6 kilometers and are 3 kilometers wide, 'It seems that nature, declared Flavius Josephus, through an effort of love for this beautiful country, takes pleasure in uniting opposites, and that by an agreeable contestation, the seasons favor this fortunate land, to the envy of others.' The road passes by the foot of the Arbel whose cliffs are filled with grottos that sheltered Galilean insurgents during the revolts against the Greeks and Romans.

Tel el-Areimeh is a hill on the site of ancient Kinneret set at the turn in the road, and houses installations to pump lake water towards aqueducts leading it to the Negev. Further north, Tabgha, an Arab corruption of the Greek Heptagon or the seven springs, houses the stone on which Jesus is supposed to have wrought this miracle in the church of the Multiplication of Loaves and Fishes:

O verdadeiro nome deste José pode ter sido desconhecido e ter-lhe-ia sido dado o apelido de Arimateia por mera necessidade retórica:

Arimateia < Hary-ma-theia < *Kar-tu-Medeia,

lit. «a deusa mãe *Kertu (das cobras cretenses)

ou Artemisa, a N.ª Sr.ª dos Remédios > Ha-Ramatay-im.

Arimateia ≡ Carnasia < *Kar-mna-Shia< Kar-mna-Tia

< Kar-Mina-Tia > Carmentia                 > Ha-Ramatay-(im)

> Hary-ma-theia > Arimateia.

Versão hebraica de Mateus 27: 57 E no início da noite, veio um homem rico de Ha-Ramatayim, chamado Yossef, que também era talmid de Yeshua. Nota do tradutor Sha’ul Bentsion: A versões hebraica de Mateus Shem Tob traz a variante “Carnasia” no lugar de Ramatayim. O motivo de tal divergência é desconhecido. Pois bem, o mais provável será que *Karmnashia seria o conceito arcaico curativo de origem cretense que deu origem a Carmenta, ao monte Carmelo e a Apolo Carneu.

Assim, o pai ao qual Jesus entregava a guarda do seu espírito vital seria uma forma de Hermes, o deus protector dos moribundos, quase literalmente José de Arimateia (< Kary-ama teos = Hermes, o deus protector dos mortos vivos???), o mesmo que tanta preocupação teve em conseguir que o corpo de seu filho lhe fosse entregue intacto, sem ossos das pernas paridos.

Nicodemos foi um fariseu, membro do Sinédrio, mestre da Lei, que, segundo o Evangelho de João, mostrou-se favorável a Jesus. Ele aparece três vezes nesse evangelho: na primeira, visita Jesus uma noite para ouvir seus ensinamentos (João 3:1-21); na segunda, afirma a lei relativa à detenção de Jesus durante a Festa dos Tabernáculos (João 7:45-51); e na terceira, após a crucificação, ajuda José de Arimatéia na preparação do cadáver de Jesus para o enterro (João 19:39-42). O nome era natural da Grécia, transcrito para o Knot: (Νικόδημος), aparecendo um livro de autoria de Aristóteles (384 a.C. — Atenas, 322 a.C.), como ética a Nicomacos, e outro é ética a Nicôdomos.

O debate com Jesus é a fonte comum de várias manifestações do cristianismo contemporâneo, especificamente a frase descritiva do "nascer de novo", utilizada para descrever a experiência de crer em Jesus como o Salvador, e o versículo "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16, frequentemente citado para descrever o plano de Deus a respeito da salvação.


Figura 4: Ícone bizantino de S. Nicodemos.

Nicodemos Ben Gorion, às vezes chamado de Bouna ou Bouni, é um rico Jerusalém que viveu no período anterior à destruição do Segundo Templo.

Uma figura notável no folclore talmúdico, ele também é identificado por alguns autores e historiadores em Nicodemos como um discípulo de Jesus de Nazaré, de acordo com o Evangelho atribuído a João.

Ele está, de acordo com o Talmude, à frente de uma das três maiores fortunas de Jerusalém, com Ben Kalba Savoua e Ben Tzitzit haKesset na época do cerco a Jerusalém (70). Um baraitha indica que o nome real de Nicodemos era Boni2. Supõe-se que seu nome original era Bouna ou Bouni e que seu nome Nicodemos foi o resultado de um jogo de palavras (Ta'anit 21a).

Sua riqueza fabulosa é mencionada nos relatos do Talmude Babilônico, bem como sua atividade em favor dos peregrinos no Templo de Jerusalém. Quando os sábios quiseram descrever suas riquezas, escreveram que o leito que ele dera à filha custara doze mil dinares (Avot do rabino Natan (en) § VI). O Talmud da Babilônia (Tractate Ketoubot) conta como prova de sua riqueza que Nicodemos ben Gorion deu "mil e mil dinares de ouro" pelo dote de sua filha.

De acordo com o Tratado de Guittin (Mishna), Nakdimon Ben Gurion, Ben Kalba Savoua e Ben Tzitzit haKesset tinham em seus celeiros reservas de alimentos que seriam suficientes para sustentar um cerco por vinte e um anos, mas, como eram a favor de apaziguamento com o poder romano, suas reservas de grãos, óleo e madeira teriam sido queimadas pelos zelotes. Jerusalém então experimentou uma fome terríve. Segundo a mesma fonte, durante a primeira guerra judaico-romana, como seus dois amigos Kalba Sabbua 'e Ben Ẓiẓit, ele influenciou Simon Bargiora a enfrentar os zelotes liderados por Jean de Gischala e Éléazar, filho de Simon, que portanto, queimaram as imensas quantidades de provisões que os três amigos haviam acumulado (ver Guiṭtim 56a). É possível que o significado desses midrashim nos escape, mas a existência dos três homens ricos não parece duvidosa.

Alguns autores, incluindo historiadores especializados no período e na região, identificam Nicodemos ben Gurion com o discípulo de Jesus mencionado no único evangelho atribuído a João 6, 5. O Talmude (Sinédrio 43a) indica que Jesus tinha um discípulo chamado Buni, outro nome pelo qual Nicodemus ben Gorion é conhecido. No entanto, essa identificação não é consenso e algumas exegeses acreditam que o discípulo Buni de Jesus realmente designa João de Zebedeu.

Identificar o talmúdico Buni com João de Zebedeu quando este o identifica explicitamente com Nicodemos ben Gurion não lembra nem ao diabo.

Mas, nas relações íntimas de Jesus havia também um tal de Nicodemos. Ora, a possibilidade de estarmos perante a visão trágica e romanceada dum ritual pascal de Adónis/ Dionísio resido particularmente neste nome pois:

Nicodemos < Nikahu Thamuz < Nikê + Damuz,

lit. «a vitória de Damuz» sobra a morte???.

John 19:38 - And after this Joseph of Arimathaea, being a disciple of Jesus, but secretly for fear of the Jews, besought Pilate that he might take away the body of Jesus: and Pilate gave him leave. He came therefore, and took the body of Jesus.

38 Post haec autem rogavit Pilatum Ioseph ab Arimathaea, qui erat discipulus Iesu, occultus autem propter metum Iudaeorum, ut tolleret corpus Iesu; et permisit Pilatus. Venit ergo et tulit corpus eius. 39 Venit autem et Nicodemus, qui venerat ad eum nocte primum, ferens mixturam myrrhae et aloes quasi libras centum. 40 Acceperunt ergo corpus Iesu et ligaverunt illud linteis cum aromatibus, sicut mos Iudaeis est sepelire.

38] Meta de tauta êrôtêsen ton Peilaton Iôsêph apo Harimathaias, ôn mathêtês [tou] Iêsou kekrummenos de dia ton phobon tôn Ioudaiôn, hina arêi to sôma tou Iêsou: kai epetrepsen ho Peilatos.

Luke 23:51 - (The same had not consented to the counsel and deed of them;) he was of Arimathaea, a city of the Jews: who also himself waited for the kingdom of God. Luke 23:52 - This man went unto Pilate, and begged the body of Jesus.

Mark 15:43 - Joseph of Arimathaea, and honourable counseller, which also waited for the kingdom of God, came, and went in boldly unto Pilate, and craved the body of Jesus. Mark 15:44 - And Pilate marvelled if he were already dead: and calling unto him the centurion, he asked him whether he had been any while dead. Mark 15:45 - And when he knew it of the centurion, he gave the body to Joseph.

43] elthôn Iôsêph apo Harimathaias euschêmôn bouleutês, hos kai autos ên prosdechomenos tên basileian tou theou, tolmêsas eisêlthen pros ton Peilaton kai êitêsato to sôma tou Iêsou. [44] ho de Peilatos ethaumasen ei êdê tethnêken, kai proskalesamenos ton kenturiôna epê [45]rôtêsen auton ei êdê apethanen: kai gnous apo tou kenturiônos edôrêsato to ptôma tôi Iôsêph.

43] venit Ioseph ab Arimathia nobilis decurio qui et ipse erat expectans regnum Dei et audacter introiit ad Pilatum et petiit corpus Iesu [44] Pilatus autem mirabatur si iam obisset et accersito centurione interrogavit eum si iam mortuus esset [45] et cum cognovisset a centurione donavit corpus Ioseph

Há quem veja nesta alternância de termos gregos sôma / ptômos para corpo (da vítima) / cadáver, a confirmação de que Marcos, um autor que bem saberia do que estava a falar por ser muito possivelmente o próprio Lázaro, filho ou neto de Nicodemos.

Matt 27:57 - When the even was come, there came a rich man of Arimathaea, named Joseph, who also himself was Jesus' disciple: Matt 27:58 - He went to Pilate, and begged the body of Jesus. Then Pilate commanded the body to be delivered. Matt 27:59

[57] Opsias de genomenês êlthen anthrôpos plousios apo Harimathaias, tounoma Iôsêph, hos kai autos emathêteuthê tôi [58] Iêsou: houtos proselthôn tôi Peilatôi êitêsato to sôma tou Iêsou. [59] ote ho Peilatos ekeleusen apodothênai. kai labôn to sôma ho Iôsêph enetulixen auto [en] sindoni katharai,

We know from the Gospels that Joseph of Arimathea negotiated with Pontius Pilate to have Jesus removed from the cross after only a few hours of hanging, but the Gospels do not actually agree on the precise timing of events. This is because of the notional time change, when three hours disappeared from the day, to be replaced with three night-time hours (that is to say, daylight hours were substituted with hours of darkness). The Gospels explain that the land fell into darkness for three hours, which relates to our own split-second changing of clocks for daylight saving. However, these three hours were the crux of everything that followed The Hebrew lunarists made their change during the daytime, but the solarists (of which the Essenes and the Magi were factions) did not make their change until midnight. This actually means that, according to the Mark Gospel (which relates to Hebrew time), Jesus was crucified at the third hour, but in John (which uses solar time) he was crucified at the sixth hour. -- Bloodline Of The Holy Grail, Sir Laurence Gardner.

Fosse como fosse, Jesus esteve pouco tempo na cruz para que pudesse já ter morrido quando José lhe solicitou o corpo.

What was the reason for Pilate's amazement? Why did he marvel? He knew from experience that normally no man would die within 3 hours on the cross, unless the "crurifragium" was resorted to, which was not done in the case of Jesus; unlike in that of his "crossmates", who were given the treatment because they were still ALIVE!

It stands to reason, that if a man faces a firing squad, and shots are fired into his body, and he dies, there would be nothing to "marvel" about. If a person is taken to the gallows and is hanged, and he dies, there is nothing to "marvel" about. But should they survive, after our common knowledge expects them to die, then there is much to MARVEL about. Conversely, Pilate expects that Jesus should be ALIVE on the cross, and not dead as he is being told, therefore his marvelling is only but natural. He had no special reason for verifying whether Jesus was dead or alive. If he was ALIVE — so what? Had he not found Jesus innocent of the charges levelled against him by the Jews? Did his wife not warn him against doing any harm to "that just man"? Was he not blackmailed into surrendering to Jewish clamour? So if Jesus was alive — Good Luck to him. Pilate grants permission for Joseph to have the body.-- [1]


Figura 5: Pistá de El Greco.

Um dos aspectos que a investigação mítica nos revela é o de que os antigos, um pouco como os modernos, tendiam a descrever os seus relatos de forma simplificada. Os evangelhos não eram senão relatos de acontecimentos que tinham significado no contexto duma certa fracção da sociedade do tempo de Jesus, ou pelo menos das 4.000 que teriam sido miraculosamente ou não saciadas por este (Mat.15:33 e Marc. 8:1). A forma de transmissão oral destes relatos não seria muito diferente da que continuou a ser usada pelos cristãos posteriores das comunidades rurais medievais, na forma de mistérios e autos da paixão representados anualmente na época da Páscoa. Ou seja, cada elemento da comunidade tinha um papel a representar que decorava e transmitia por descendência com todos os riscos de degradação inerentes as formas de registos de informação por memorização. As formas referidas de simplificação envolviam recursos estilísticos decorativos estereotipados que muitas vezes mais não eram do que referências a mitos ou elementos míticos anteriores do conhecimento comum, a exemplo das referências culturais e comentários eruditos das obras literárias. Deste modo, a história dos acontecimentos dramáticos que passavam de boca em boca, como na voz de jograis e menestréis medievais, era embelezada pelo mito, transformava-se em lenda e com o tempo acabava mito também. Antes da invenção da imprensa e do jornalismo esta era a forma de as comunidades trocarem entre si as informações mais relevantes de interesse político, cultural e doutrinário.

Crucifixion was the common mode of eliminating political prisoners, murderers and insurgents. Long before the birth of Jesus, the Phoenecians had experimented with various methods to get rid of their anti-social characters. They had tried hanging, impaling, stoning, drowning, etc. But all these were too quick in their effects; the culprits expired too soon for their liking. So they invented the crucifixion, a system which produced a slow L-I-N-G-E-R-I-N-G death. (…)

"His body (any crucified person) shall not remain all night upon the tree,  but thou shah in any wise bury him that day, (for he that is hanged is accursed of God),  that thy land be not defiled,  which the Lord thy God giveth thee for an inheritance."  (HOLY BIBLE) Deuteronomy 21:23 -- " To appease the religious scruples of the Jews (or for any other reason) if it became necessary to expedite death on the cross, the executioners resorted to the "cruri-fragium", a club like horror with which the legs were broken. The victim expired by suffocation within the hour. This was the fast method. CRUCIFIXION or CRUCI–FICTION?"

Assim sendo, é bem possível que com o tempo os nomes de certos heróis das narrativas verídicas sofressem a influência retóricas funcionais com mitos universais que os antecediam se é que não havia mesmo, em certos casos, interferência míticas por analogia, complemento, ou adição com a inclusão completa de mitos antigos no contexto narrativo.

No que respeita à descrição da deposição da cruz Marcos e Mateus são, como quase sempre os únicos sinópticos propriamente ditos. Ora, estes nada disseram sobre o tratamento dado ao corpo de Jesus antes da sua sepultura possivelmente porque nada sabiam a esse respeito. Já a omissão de Lucas, que se supõe ter sido um médico, nada revela sobre o uso de mirra e aloés sobre o corpo de Jesus o que só prova que ele nada sabia disto uma vez que apenas destes factos sabia o que era do domínio comum.

Como só as mulheres, por natureza periodicamente impuras, estavam, pelas rígidas leis judaicas da impureza, autorizadas a participar da deposição de cadáveres, particularmente de um condenado, como Jesus, por um grave pecado de blasfémia, há autores como D. Joyce que estranham a presença na deposição de José de Arimateia e Nicodemos, a menos que estes fizessem parte da família de Jesus ou, como pensa Robert Ambelain, fossem coveiros!

É portanto evidente que o pseudo povo da Arimatía, inexistente na época de Jesus, vê formar seu nome apoiando-se em um corriqueiro barbarismo que repousa no hebreu har math, que significa tanto um cemitério como uma sepultura.

Em uma palavra, José de Arimatéia é José, o Coveiro, o «guardião do cemitério», se Jesus foi inumado na necrópole ritual das Oliveiras (sudeste de Jerusalém), ou o guardião da «fossa infame», se foi inumado no Gólgota. De todo modo, o «ilustre conselheiro» é, em realidade, um homem de baixa classe, em estado de impureza permanente ante os olhos da lei judia, por estar obrigado a manipular cadáveres sem cessar (???). -- ROBERT AMBELAIN, Jesus Ou O Segredo Mortal Dos Templários.

Eu diria antes que o hebreu har math é que é uma corruptela tardia de um conceito arcaico relacionado como *Carma-teia a deusa romana Carmenta de que deriva o termo latino carmen, que significa um feitiço, oráculo ou música, e também a raiz da palavra inglesa charme (encantamento) mas, que na origem se referia-se a um feitiço na forma de expiação e execração possivelmente relacionados com antigos cultos aos mortos que que presidia a deusa grega Ker.

Na verdade, a teoria de Robert Ambelain é uma petição de princípios porque parte de uma especulação sem fundamento em nada sobre um erro nos nomes de José para a suposição da verdade sobre a sua profissão quando de facto tal erro seria irremissível porque resultado de uma tradição retórica decorativa e helenística, logo não judaica, sobreposta à narrativa omissa original.

No Evangelho de Bartolomeu, texto muito gnóstico, que vemos já citar no século IV (o qual indica que seria algo mais antigo), o proprietário da horta onde foi sepultado Jesus não se chama José, a não ser Filogenes, do grego philos: amigo, e genos: nascimento, vida. Ou seja: o Amigo da Vida. Aí está a confissão. Àquele que, por seu ofício de cavar sepulturas, sempre se achava em estado de impureza, quiseram substituí-lo por um simples «hortelão», e deram-lhe um nome absolutamente oposto a sua triste função. Mas, desgraçadamente, quem quer provar muitas coisas, não prova nenhuma, como diz o provérbio. -- ROBERT AMBELAIN, Jesus Ou O Segredo Mortal Dos Templários.

This writing may be better described as a rhapsody than a narrative. It bristles with contradictions of itself: Joseph and Philogenes both bury Jesus- Thomas raises the dead and will not believe in Christ’s resurrection: and so forth. That Mary the mother of Jesus is identified with Mary Magdalene is typical of the disregard of history, and we have seen it in other Coptic documents.

Assim sendo o nome Arimateia dos canónicos poderia ser equivalente de Filogenes do apócrifo copta de Bartolomeu, literalmente o amigo renascido como seriam os que saiam do coma e da morte aparente sob os auspícios do deus do sono e ambos equivalentes eufemísticos do nome de um dos deuses dos mortos, Hipnos e Tánatos...ou melhor, uma subtil alusão à nocturna conversa de Jesus e Nicodemos descrita em João 3.

João Cap. III: Havia um homem dentre os fariseus, chamado Nicodemos, principal entre os judeus. Este foi ter com Jesus de noite e disse-lhe: Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus; pois ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: É-vos necessário nascer de novo.


Figura 6: Encontro nocturno secreto de Jesus e Nicodemos[2].

Na mesma linha de raciocínio se deve entender o que se diz no evangelho sobre o enterro de Jesus. A ideia dum túmulo escavado na rocha deve ter sido particularmente cara aos cristãos coptas habituados às tradições tumulares dos egípcios mas, a verdade é que estas práticas não parecem ter correspondido à tradição judaica. Aliás, as tradições funerárias dos egípcios terão entrado nas igrejas cristãs primitivas de tal modo que os papas católicos ainda hoje são embalsamados de acordo com regras muito semelhantes às que eram utilizadas para os faraós.

Jo: 19, 40 Acceperunt ergo corpus Iesu et ligaverunt illud linteis cum aromatibus, (sicut mos Iudaeis est sepelire). 41 Erat autem in loco, ubi crucifixus est, hortus, et in horto monumentum novum, in quo nondum quisquam positus erat. 42 Ibi ergo propter Parascevem Iudaeorum, quia iuxta erat monumentum, posuerunt Iesum.

No entanto, o processo descrito nos evangelhos não é o de um enterro judeu. A ter algumas semelhanças seria com um embalsamamento egípcio. A expressão sicut mos Iudaeis est sepelire deve ser uma interpolação tardia feita por um comentarista bíblico que já nada sabia das leis judaicas e que confundia os costumes egípcios com tudo o que vinha do médio oriente. Ora parece que as leis funerárias judaicas nada tinham a ver com as do antigo Egipto.

It is also the Orthodox opinion that the person be buried in the ground. You may have noticed some sites at a Jewish cemetery where the grave looks like a wall. This is not traditional although but under certain circumstances, it can be allowed. A Rabbi should be consulted before a decision is made. (…)

Embalming is not allowed. This process of removing blood, discarding it down the drain and substituting preservative chemicals in the body, is considered desecration of the deceased person and is forbidden by Jewish law.

I have already mentioned that, contrary to all Jewish practice, the neck and face of Jesus were left uncovered. The tomb was not filled in or covered with earth, as was usually done by the Jews under the belief that their so doing kept evil spirits from the dead body, but only a stone, Golal, was rolled over the sepulchre. Why? The secret friends wanted to avoid suffocation of Jesus. There was another reason also. To resuscitate Jesus, they would have had to open the tomb at short intervals. Apart from being cumbersome, the digging operations would have been an open challenge to the Jews. To avoid all possibilities of any such detection a stone only was rolled over the sepulchre. The Lahore Ahmadiyya Movement  

We contacted, via email, the Shema Israel Torah Network International Burial Society and asked them the following question:

“Have Jewish burial customs changed much in 2000 years? The Bible claims that Jesus was covered with some kind of ointment [I think the Bible says 100 pounds weight of some kind of substance—seems to be quite a lot of weight]. Does that Biblical account actually fall in line with Jewish burial traditions? Because I thought I heard that it was forbidden to touch the body. Could you be so kind as to explain? Thank you.”

We present below the email response We received from Mr. Fishel Todd, a member of that society. Any emphasis is Mr. Todd’s:

 “Jewish Burial Law, along with the rest of TRADITIONAL JEWISH LAW has not changed in 2000 years [but more] precisely, 3500 years. You’re right: the body is not to be touched except by giving it a ritual bath called a TAHARA, standing for purity and then the body is put in the ground in the quickest most simple fashion available with only traditional BURIAL SHROUDS.”

“The theologian Paul Billerbeck makes the event appear as if an embalming was to take place with the aromatic substances added to oil. But the Rabbinical texts refer only to an oiling of the bodies of the departed. The addition of spices is nowhere mentioned, let alone in these quantities, and was never part of Jewish custom; nor was embalming. Moreover it would be pointless to perform the embalming in the way described. One would have had to remove the entrails to stop the decomposition gases from bursting the body; an incision which would be extremely repulsive to the Jews, and the substances applied would not have served this purpose on their own...”

O evangelista que inspirou os evangelhos de João seria Maria Madalena que apenas viu alguém envolver o corpo de Jesus com ligaduras e óleos balsâmicos que, por serem intensamente aromáticos, assim ficaram para sempre definidos já que, na verdade, é em resultado de equívocos e em cima de erros descritivos que se constroem as lendas e os mitos.




Figura 7: Planta de una tumba con osarios dispuestos alrededor del pozo. Fuente: Baruch & Levi (2010).

4.1 Osarios y ossilegium En los últimos cien años del Segundo Templo de Jerusalén, un importante cambio se produjo en la forma de enterramiento judío. Los fallecidos eran primero enterrados en cámaras excavadas en la roca y, tras la descomposición del cadáver, aproximadamente doce meses tras su primera deposición, sushuesos eran introducidos en unos receptáculos conocidos como osarios (Figueras, 1985). Este acto de recolección de huesos en receptáculos es denominado ossilegium, y en su mayoría, estos recipientes estaban elaborados en piedra caliza blanda, procediendo gran parte de ellos de Jerusalén y sus alrededores (Rahmani, 1994). El esqueleto es introducido en el osario deliberadamente tras su inhumación primaria, dándose lugar una inhumación secundaria (Teitelbaun, 1997).La localización de los osarios dentro de la tumba varía: algunos están situados en la planta alrededor de un pozo central en la sala principal  otros dentro de nichos llamados loculi ;mientras que otros se disponen bajo los arcosolios donde se sitúa a menudo el cadáver para su descomposición (Figueras, 1985). Cronológicamente, el inicio de la costumbre del ossilegium está fechada en Jerusalén en torno al 20-15 a. C. Hasta la destrucción de ésta en 70 d. C., la utilización de osarios en el ámbito palestino se circunscribía a la misma ciudad y a sus alrededores dentro de un radio de 20-25 Km, incluyendo Jericó (Rahmani, 1994: 21). -- LA PROBLEMÁTICA DE LOS VESTIGIOS MATERIALES JUDEO CRISTIANOS Francisco Javier Rivera Suárez.

Como se vê a deposição no túmulo escavado na rocha não seria a primeira opção para colocar o cadáver de um judeu que não poderia primeiro ser embalsamado e muito menos para ser enterrado em definitivo. Quanto muito, um túmulo escavado na rocha seria o local para onde depois seriam transladados os seus ossos.

A este propósito, refere ROBERT AMBELAIN: Segundo o Talmud de Jerusalém, «a alma permanece três dias junto ao cadáver, tentando entrar de novo nele. E não se afasta definitivamente até que o aspecto do corpo comece a modificar-se». É, pois, a decomposição do início que arroja definitivamente à alma longe de seu envoltório primitivo. (...) Por isso, para não traumatizar psiquicamente ao defunto, diversos textos recomendam não proceder à sepultura do corpo antes do terceiro dia depois da morte aparente. Por exemplo, o Testamento dos Doze Patriarcas, o Midrash Kohelet, o Livro do Rabbi Juda I.


Figura 8: Túmulo judeu de pedra rolante do 1º século. As tumbas de pedras rolantes, sendo muito raras e reservadas a famílias reais ou muito ricas e, portanto, não eram do tipo utilizado pelas famílias judias comuns.

Ora bem, a ser assim, a questão da ressurreição ao 3º dia colocava-se como uma espécie data limite para além da qual a morte se tornava inevitável...porque era assim que se entendiam as mortes aparentes que não sendo assim tão raras como são hoje precisamente porque os cuidados de saúde prestados às populações eram poucos ou nulos e feitos quase só de magia e superstição porque a medicina hipocrática era apenas uma modernice helenística de luxo.

Um cadáver num túmulo escavado numa rocha num clima mediterrânico seria coisa insuportável como o indiciam os evangelhos no episódio da morte de Lázaro.

João 11: 39 Retirem a pedra, ordenou Jesus. Mas Marta, irmã de Lázaro, observou: Já deve cheirar muito mal, porque há quatro dias que morreu.

Sendo assim os cadáveres seriam velados durante cerca de tês dias, que seriam abreviados quando se aproximavam do sábado, e apenas suportáveis nos restantes dias a custo de fragrâncias e bálsamos aromáticos. Por isso, podemos então inferir que os óleos perfumados que as mulheres pretendiam colocar no corpo de Jesus seria para evitar estes fenómenos e até seria assim no pressuposto de que Jesus tinha sido sepultado um pouco apressadamente.

To satisfy the religious scruples of the Jews — the burial bath, the anointing and the shrouding — would well-nigh have taken more than two hours. If there were any signs of life in the limp body, no one was foolish enough to shout to the retreating curiosity mongers: "He is ALIVE! He is ALIVE! They knew that the Jews would then make doubly sure that that life was snuffed out. -- [3]

Marcos 15:

45 Pilatos não acreditava que Jesus tivesse já morrido e, por isso, chamando o oficial romano, perguntou se era verdade. O oficial respondeu que sim, e Pilatos deixou José levar o corpo.

46 José comprou então uma longa peça de pano de linho e, descendo o corpo de Jesus, embrulhou-o no pano e depositou-o num túmulo escavado numa parede de rocha, em seguida rolou uma pedra para tapar a entrada.

47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde o corpo de Jesus foi colocado.

Mateus 27: Quando caiu a noite, um homem rico de Arimateia, chamado José, e seguidor de Jesus, foi ter com Pilatos e pediu o corpo dele. Pilatos deu ordem para que lho entregassem. José levou o corpo e envolveu-o num grande pano de linho.

Colocou-o no seu próprio túmulo novo que tinha sido escavado na rocha. Ao sair, rolou uma grande pedra para tapar a entrada.

 

Tanto Maria Madalena como a outra Maria estavam sentadas perto, a olhar.

Lucas 23: 50 Um homem chamado José, membro do supremo tribunal e vindo da cidade de Arimateia, na Judeia, foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Era um homem bom e recto que esperava a vinda do reino de Deus e que não concordara com as decisões e medidas dos outros chefes judaicos.

53 Assim desceu o corpo de Jesus e envolveu-o num lençol, colocando-o num túmulo ainda por estrear, escavado numa parede de rocha. Isto aconteceu ao fim de uma tarde de sexta-feira, dia de preparação para o sábado.

55 Enquanto o corpo era levado, as mulheres da Galileia acompanharam-no e viram-no ser transportado para dentro do túmulo. Depois, voltando para casa, prepararam os produtos e perfumes necessários para o ungirem, mas quando terminaram era já sábado, pelo que descansaram todo aquele dia, com o exigia a lei judaica.

João: 19, 38 Depois disto, José de Arimateia, que fora discípulo secreto de Jesus com medo dos judeus, pediu a Pilatos que autorizasse a descida do corpo; Pilatos deixou, e assim ele levou o corpo.

39 Nicodemos, o homem que procurara Jesus de noite, veio também, trazendo uns trinta e cinco quilos de unguento de embalsamento feito de mirra e aloés. 40 Os dois envolveram o corpo de Jesus em lençóis de linho embebidos em perfumes, de acordo com o costume judaico de enterramento.

41 O local da crucificação ficava perto de um jardim onde havia um túmulo novo que nunca fora usado.

E assim, devido à necessidade de se apressarem antes que chegasse o sábado, e também por o túmulo ficar perto, ali colocaram o corpo.

Tirando óbvias interpolações explicativas ou apologéticas a narrativa da deposição da cruz é um dos raros momentos em que os evangelhos são quase sinópticos o que lhe transmite alguma fidedignidade. Pelo menos não se contradizem de forma flagrante e quando omissos completam-se.

No entanto algumas informações não são coincidentes. Lucas, o evangelista sempre mais mal informado porque gentio, coloca nas mulheres a responsabilidade pelos óleos ignorando que as mulheres não poderiam fazer estes serviços que entre os judeus era reservado aos homens...que não necessariamente da condição humilde de hortelões e coveiros como costuma ser na tradição cristã ocidental.

Referem nomeadamente que não teria havido tempo de ter untado devidamente o corpo de Jesus na véspera mas...não só, porque andam óleos a mais nesta história apressada e Maria Madalena não estaria a par de tudo!

Figura 9: «Assim desceu o corpo de Jesus e envolveu-o num lençol, colocando-o num túmulo ainda por estrear». (Garafalo 1520).

De qualquer modo, a testemunha que inspirou o evangelho de João, Maria Madalena, estava por perto e, ainda que possa ter interpretado mal os factos como relativos a um enterro judeu, foi clara naquilo que viu mas relatou de forma não muito clara mas que vai no sentido de que as especiarias não chegaram a ser usadas (até porque, como relatam os restantes evangelistas, não houvera tempo) e foram enrolados em lençóis conjuntamente com o corpo!

The question arises: "Why did she go there?" "TO ANOINT HIM", Mark 16:1 tells us. The Hebrew word for anoint is "masaha", which means to rub, to massage, to anoint. 2 The second question is: "Do Jews massage dead bodies after 3 days?" The answer is "No!" "Do the Christians massage dead bodies after 3 days?" The answer is again, "No!" Do the Muslims (who are the nearest to the Jews in their ceremonial laws) massage dead bodies after 3 days? And the answer is again, "No!" Then why should a Jewess want to massage a dead, decaying body after 3 days? We know that within 3 hours rigor mortis sets in — the stiffening of the body after death. In 3 days time, the body would be fermenting from within — the body cells would be breaking up and decomposing. If anyone rubs such a decaying body, it will fall to pieces. Does the rubbing make sense? No! [4]

The Eye- Witness gives, in the Crucifixion, details of the conversation which took place between Joseph and Nicodemus in consequence of which Joseph went to arrange for the linen, etc., and Nicodemus to fetch “the herbs which were useful in such cases.”6 There was thus a sudden rush and activity, in which the women also joined, to get the spices. (…)

According to John, Nicodemus came secretly by night to the sepulchre and brought spices, it is said, for the embalming of the body of Jesus, a mixture of myrrh and aloes; in the quantity of about a hundred pounds in weight.7 I quote again the Eye-Witness: Thereupon Nicodemus spread strong spices and healing salves on long pieces of “byssus” which he had brought and whose use was known to our Order... Nicodemus spread balm in both nail-pierced hands.8 I may mention here that Jesus, as a member of the Essenes Order, knew of this treatment and had himself given an indication of it to his disciples in the parable of the man who had gone from Jerusalem to Jericho and who had fallen among thieves and had been wounded by them. Then, according to Jesus, a Samaritan came there: 202 1. John, 19 : 38. 2. Mark,15 : 43; Luke, 23 : 51. 3. The Gospel of Peter, 2 : 28. 4. -- -- Jesus in Heaven on Earth [Journey of Jesus to Kashmir, his preaching to the Lost Tribes of Israel and death and burial in Srinagar] by Khwaja Nazir Ahmad > Chapter 11: Burial (of Jesus Christ).

Ora, não sendo para um embalsamamento não se entende a razão pela qual o corpo foi para um túmulo acompanhado com cem libras duma mistura de mirra e aloés.

Preparations of Aloes are rarely prescribed alone, they require the addition of carminatives to moderate the tendency to griping. The compound preparations of Aloes in use generally contain such correctives, but powdered Aloes and the extracts of Aloes represent the crude drug.  (…)

Se o aloés necessita de ser utilizado com uma mistura carminativa fica explicada a razão pela qual os óleos de Nicodemos eram uma mistura de aloés e mirra. É que a mirra tem estas propriedades carminativas como o bálsamo ao promoverem a circulação local.

Myrrh oil = skin/hair: antiseptic, astringent, reduces inflammation, improves circulation, stimulates the regeneration of of skin cells, assists in the healing of wounds. used to treat eczema, wounds, wrinkles. very good for mature complexions or chapped and cracked skin.

Apenas para perfumar não haveria óleos mais flagrantes? E porque razão estaria Nicodemos tão preocupado com coisas de mulheres? Obviamente que Nicodemos seria um medico eminente e estava ali par promover a reanimação de Jesus e nada mais! Assim sendo há que acabar por suspeitar que o corpo de Jesus foi colocado num túmulo, como que numa pequena unidade de cuidados intensivos arcaica à espera de reanimação, do mesmo modo que tinha acontecido com Lázaro. Quer dizer que o corpo de Jesus foi medicado com todos os recursos terapêuticos da época para que resistisse ao choque em que se encontrava.


Figura 10: Aloé Vera.

Os hebreus conheciam duas drogas, às vezes referidas pelo mesmo termo. O termo grego ἀλόη, geralmente traduzido como aloe, refere-se a uma madeira aromática (madeira de aloe, madeira de águia, Aquilaria agallocha) é citada várias vezes na Bíblia (Livro de Números, 26, 6; Cântico dos Cânticos, 4 13-13-14). Por outro lado, no Evangelho segundo João (texto grego do final do primeiro século), onde se diz que uma mistura de aloés e mirra (σμύρνης καὶ ἀλόης) foi usada para envolver o corpo de Cristo; é difícil saber se era Aloe ou Aquilaria.

Ora bem, se é difícil saber se o aloé evangélico era Aloe ou Aquillaria temos que nos ater às respectivas propriedades medicinais.

Atribuí-se à aquilária várias virtudes, contra dores de estômago, certas doenças cardiovasculares, neuropatias ou contra náusea e asma. Seu óleo tem a reputação de repelir insectos. Os muçulmanos perfumam com gosto os seus banhos com esta essência durante o Ramadão.

Nativo da África, o aloe vera é comumente cultivado em outros lugares. O gel transparente encontrado dentro da folha da planta e a parte cristalina encontrada ao lado da lâmina da folha, que contém aloína, são usados para fins medicinais e cosméticos. O gel transparente é um curativo notavelmente eficaz em feridas e queimaduras, acelerando a taxa de cicatrização e reduzindo o risco de infecção. A parte acastanhada que contém aloína é um laxante forte, útil para obstipação a curto prazo. O Aloe está presente em muitas fórmulas cosméticas, pois é emoliente e evita cicatrizes. Aloés foi empregado pelos antigos e era conhecido pelos gregos como uma produção da ilha de Socotorá no início do século IV a.C. A droga foi usada por Dioscorides, Celso e Plínio, assim como pelos médicos gregos e árabes posteriores, embora não seja mencionada nem por Hipócrates nem por Teofrasto.

Partindo do pressuposto que Cristo estava vivo mas em morte aparente, e por isso, sem vómito nem falta de ar, nem carecido de perfume contra a putrefacção somos levados a concluir que era o que se pretendia era o seu efeito “curativo, notavelmente eficaz, em feridas e queimaduras, acelerando a taxa de cicatrização e reduzindo o risco de infecção”, logo seria mesmo a cacto de aloés.

Ora bem, terá sido este facto que terá permitido acreditar na afirmação seguinte:

A palavra Aloés, em latim Lignum Aloes, é usada na Bíblia e em muitos escritos antigos para designar uma substância totalmente distinta dos modernos Aloés, a saber, a madeira resinosa de Aquilaria agallocha, uma grande árvore que cresce na Península Malaia. Sua madeira constituía uma droga que, até o início do século atual, era geralmente valorizada para uso como incenso, mas agora é estimada apenas no Oriente.

A acreditar no que é mais plausível, se os autores bíblicos latinos não conheciam os aloés, o que se compreende pela forma como entenderam a sua função nos evangelhos, isso não significa que não fosse conhecido dos judeus que a este respeito estariam mais próximos das rotas das especiarias orientais do que os clássicos.

Eu já mencionei que, ao contrário de toda a prática judaica, o pescoço e o rosto de Jesus foram deixados descobertos. A tumba não foi preenchida ou coberta com terra, como costumava ser feito pelos judeus, com a crença de que eles mantinham os maus espíritos do corpo morto, mas apenas uma pedra, Golal, era rolada sobre o sepulcro. Por quê? Os amigos secretos queriam evitar a asfixia de Jesus. Havia outra razão também. Para ressuscitar Jesus, eles teriam que abrir o túmulo a intervalos curtos. Além de pesadas, as operações de escavação teriam sido um desafio aberto para os judeus. Para evitar todas as possibilidades de tal detecção, apenas uma pedra foi rolada sobre o sepulcro[5]. A Testemunha ocular dá outro motivo: depois fumaram a gruta com aloé e outras ervas fortificantes... e colocaram uma grande pedra em frente à entrada para que os vapores pudessem melhor encher a gruta. 1 Foi por essas razões que um jardim particular foi seleccionado. O plano pré-estabelecido foi bem elaborado e teve êxito no final. Ora, somente Mateus diz que no dia seguinte o sepulcro foi selado e um guarda foi colocado diante dele. Não está claro se os guardas estavam dentro ou fora do jardim. Então um anjo apareceu, vestido com roupas brancas brilhantes e rolou a pedra para longe[6].



[1] "CRUCIFIXION or CRUCI–FICTION?" CHAPTER 10, SYMPATHY FOR JESUS, Courtesy of Islamic Propagation Centre International.

[2] ‘Christ Instructing Nicodemus,’ attributed to Crijn Hendricksz Volmarijn (ca 1604-1645), oil on panel, 87.5 x 111.4cm, sold by Sotheby’s, London, 1994.

[3] "CRUCIFIXION or CRUCI–FICTION?" CHAPTER 10, SYMPATHY FOR JESUS, Courtesy of Islamic Propagation Centre International.

[4] "CRUCIFIXION or CRUCI–FICTION?" CHAPTER 10, SYMPATHY FOR JESUS, Courtesy of Islamic Propagation Centre International.

[5] Aparentemente Jesus foi depositado no sepulcro um pouco apressadamente porque era véspera da Páscoa e os amigos de Jesus não queriam ficar em estado de impureza ritual.

[6] I have already mentioned that, contrary to all Jewish practice, the neck and face of Jesus were left uncovered. The tomb was not filled in or covered with earth, as was usually done by the Jews under the belief that their so doing kept evil spirits from the dead body, but only a stone, Golal, was rolled over the sepulchre. Why? The secret friends wanted to avoid suffocation of Jesus. There was another reason also. To resuscitate Jesus, they would have had to open the tomb at short intervals. Apart from being cumbersome, the digging operations would have been an open challenge to the Jews. To avoid all possibilities of any such detection a stone only was rolled over the sepulchre. The Eye-Witness gives another reason: They then smoked the grotto with aloe and other strengthening herbs....and they placed a large stone in front of the entrance so that the vapors might better fill the grotto.1 It was for these reasons that a private garden2 was selected. The pre-arranged plan was well thought out and succeeded in the end. Now Matthew alone says that on the following day the sepulchre was sealed and a watch was placed before it. It is not clear whether the guards were within or without the garden. Then an angel appeared, clad in white shining garments, and rolled the stone away. -- Jesus in Heaven on Earth [Journey of Jesus to Kashmir, his preaching to the Lost Tribes of Israel and death and burial in Srinagar] by Khwaja Nazir Ahmad > Chapter 11: Burial (of Jesus Christ).


Sem comentários:

Enviar um comentário